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Montagem de Acordes – Tríade

Introdução: Um acorde não está restrito apenas a um formato (desenho) no braço da guitarra, ele pode ser encontrado e executado em qualquer posição. Dominar um acorde é conseguir tocá-lo em suas inúmeras formas, seja harmônica (acorde) ou melódica (arpejo), ao longo de todo o braço.

Montagem: Uma forma prática para descobrir os diferentes shapes de cada tipo de tríade é escolher uma tônica, definir a terça e quinta, e posicionar as notas no braço da guitarra.

Tríade Maior – Tônica + Terça Maior (2 tons acima da tônica) + Quinta Justa (3½ tons acima da tônica)

Tríade de D – Notas:

D (Tônica) + 2 tons = F# (Terça) + 1½ tons = A (Quinta)

Observe nos desenhos abaixo as notas da tríade de D posicionadas no braço da guitarra:

Para montar a tríade bastam as 3 notas da sua formação, a Tônica, a terça e a quinta. Independente da inversão (nota mais grave) o acorde será sempre o mesmo. Na tablatura abaixo você encontra os 12 formatos da tríade de D sem salto de corda:

É bastante comum somar dois ou mais formatos de tríade para conseguir um shape mais completo, com som cheio. Nesse caso os intervalos da tríade podem aparecer duas ou três vezes. Abaixo estão as formas mais comuns:

Arpejo: São as notas do acorde tocadas de forma melódica. Podem seguir uma ordem lógica…

T 3 5   ou   3 5 T   ou   5 T 3

Ou serem tocadas de forma aleatória.

T 5 T 3 5   etc…

Mas é preciso colocar os intervalos que formam a tríade ao menos uma vez dentro da sequência. Na execução os dedos podem permanecer fixos (formato de acorde) fazendo com que cada nota tocada continue soando (dedilhado). Com distorção é melhor tocar cada nota separada, usando ambas as mãos para controlar a execução e buscar limpeza.

É comum os formatos acima aparecerem reduzidos para facilitar a execução:

Tríade Menor – Tônica + Terça Menor (1½ tons acima da tônica) + Quinta Justa (3½ tons acima da tônica)

Tríade de Dm – Notas:

D (Tônica) + 1½ tons = F (Terça) + 2 tons = A (Quinta)

Observe nos desenhos abaixo as notas da tríade de D posicionadas no braço da guitarra:

Na tablatura abaixo você encontra os 12 formatos da tríade de Dm sem salto de corda:

Formatos mais comuns da tríade menor:

Arpejo:

Formatos reduzidos:

Tríade Diminuta – Tônica + Terça Menor (1½ tons acima da tônica) + Quinta Diminuta (3 tons acima da tônica)

Tríade de Dm(b5) – Notas:

D (Tônica) + 1½ tons = F (Terça) + 1½ tons = Ab (Quinta)

Observe nos desenhos abaixo as notas da tríade de Dm(b5) posicionadas no braço da guitarra:

Na tablatura abaixo você encontra os 12 formatos da tríade de Dm(b5) sem salto de corda:

Formatos mais comuns da tríade diminuta:

Arpejo:

Formatos reduzidos:

Tríade Aumentada – Tônica + Terça Maior (2 tons acima da tônica) + Quinta Aumentada (4 tons acima da tônica)

Tríade de D(#5) – Notas:

D (Tônica) + 2 tons = F# (Terça) + 2 tons = A# (Quinta)

Observe nos desenhos abaixo as notas da tríade de D(#5) posicionadas no braço da guitarra:

Na tablatura abaixo você encontra os 12 formatos da tríade de D(#5) sem salto de corda:

Simetria da tríade aumentada: A distância entre as notas que formam a tríade aumentada é sempre a mesma, 2 tons.

Por essa razão os shapes da tríade aumentada terão sempre o mesmo formato, independente da posição no braço da guitarra.

Formatos mais comuns da tríade aumentada (simétricos nas 3 posições):

Arpejo:

Transposição das tríades: Ao deslocar a tríade pelo braço da guitarra mudamos a tônica mas o tipo (maior, menor, dim, aum) permanece o mesmo. A tônica do acorde muda da mesma forma que os nomes das notas mudam dentro da escala cromática.

Escala cromática (meio tom de distância entre cada nota):

Lembrando que C#=Db, D#=Eb, F#=Gb, G#=Ab, A#=Bb.

De C para C# temos meio tom, então quando deslocamos a tríade de C meio tom acima no braço da guitarra, sem mudar o seu formato, ela passa a ser chamada de tríade de C#.

De C para D temos 1 tom, então quando deslocamos a tríade de C 1 tom acima no braço da guitarra ela passa a ser chamada de tríade de D.

O mesmo funciona quando nos deslocamos no sentido contrário:

De F para E temos meio tom, então quando deslocamos a tríade de F meio tom abaixo no braço da guitarra ela passa a ser chamada de tríade de E, que quando deslocada mais meio tom passa a ser chamada de Eb, depois D, Db, C, e assim por diante.

Essa lógica se aplica com todos os tipos de tríade, quando nos deslocamos ao longo do braço da guitarra estamos mudando a tônica do acorde mas como a estrutura (formato) permanece o mesmo, o tipo de acorde se mantém.

Observe o desenho abaixo:

Formato X Linguagem Musical: O leque sonoro é ampliado consideravelmente quando executamos um acorde de um jeito diferente e nossas escolhas ajudam a criar a roupagem ideal para a linguagem musical que estamos tocando. Procure variar o desenho de cada tríade buscando equilíbrio com o arranjo. Saiba tocar os acordes ao longo do braço e opte pelo desenho que contribua de forma efetiva no enriquecimento do trecho musical.

Relação de proximidade com as diferentes escalas: várias escalas, entre elas a diatônica e as menores harmônica e melódica, podem ser vistas como sobreposição de tríades. É importante durante a construção do fraseado e da improvisação conhecer os pontos que formam as tríades do campo harmônico e tocar fazendo esse tipo de associação. Observe o exemplo abaixo com a escala de G maior:

Use esse tipo de visualização para unir as passagens lineares de escala com os arpejos. Um solo deve ser a soma dessas idéias, um agrupamento de arpejos ligados entre si ou com as notas da escala. O mesmo princípio pode ser aplicado nos desenhos da pentatônica (m7, m6, M7) ou das demais escalas usadas dentro da linguagem musical (tons inteiros, aumentada, cromática).


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